Conhecido como bairro japonês em São Paulo, a Liberdade tem uma história muito diferente escondida dos moradores locais e de quem visita à cidade. E inclusive é essa história que dá origem do nome do local.
Quem visita o Bairro da Liberdade por causa dos elementos e produtos da cultura japonesa ou para comprar nas lojas não sabe que na verdade a região traz uma memória marcante do país.
Isso porque o Bairro só passou a ter as características atuais na década de 70. E bem antes de receber essa arquitetura japonesa, a Liberdade na verdade abrigava uma grande comunidade negra e era palco de tortura dos escravizados.
Pontos históricos do Bairro da Liberdade
A Praça da Liberdade, por exemplo, em que ocorre a Feira, era antes chamada de Largo da Forca. Isso porque entre 1765 e 1874, os escravizados eram condenados à morte exatamente ali naquele local. A maioria, ex-escravizados punidos por terem tentado fugir.
A Igreja em frente, inclusive, é a Igreja Santa Cruz das Almas dos Enforcados. E a origem do nome vem da tentativa de execução de Francisco José Chagas. Chaguinhas, como era conhecido, era um soldado negro e foi preso por protestar por salários.
No momento da execução, a corda rompeu três vezes e a população passou a gritar “liberdade!”. O clamor não adiantou e Chaguinhas foi morto a pauladas, mas o fato ficou para a história.
Outro ponto histórico da região é a Capela dos Aflitos. Na ocasião, era comum o sepultamento dentro das Igrejas. A Capela dos Aflitos era a destinada para sepultamento dos ex-escravizados.
Madrinha Eunice, a Fundadora da Primeira escola de Samba de São Paulo