Guerra dos 30 anos

A Guerra dos 30 anos foi uma das principais Guerras religiosas da Europa. A origem vem da Reforma Protestante, com as 95 teses de Martinho Lutero, com a publicação do material dentro do Sacro Império Romano-Germânico em 1517. 

Desta forma, ocorreu uma divisão. Algumas pessoas passaram a seguir o protestantismo e outras seguiam apoiando o catolicismo. Para amenizar os conflitos, o Sacro Imperador Carlos V estabeleceu a chamada Paz de Augsburgo. Neste caso, a religião dos habitantes de cada território seria de acordo com a do governante daquele território. 

No entanto, isso não era bem aceito na Boêmia, que tinha uma maioria protestante, mas que era governada por um católica. Foi então que em 1609 o Imperador Rodolfo II assinou a Carta de Majestade, garantindo a Liberdade religiosa. 

Acontece que em 1617, o novo Imperador, Fernando II, um católico fervoroso revogou a Carta e mandou prender quem protestasse contra esta decisão, que também proibia a construção de Igrejas Protestantes. 

Por conta disso, foi convocada uma Assembleia que contou com a participação de quatro autoridades católicas no Castelo de Praga. Porém, como retaliação a medida do Imperador, dois desses representantes Católicos foram jogados pela janela do Castelo, de uma altura de aproximadamente nove metros.

Este foi o Estopim para a Guerra dos 30 anos, que foi dividida em quatro períodos. Palatino-Boêmio, Dinamarquês, Sueco e Francês. 

O primeiro, Palatino-Boêmio aconteceu entre 1618 e 1624. Trata-se exatamente do início da revolta, quando Frederico V foi coroado Rei da Boêmia. Ele era o líder da chamada União Protestante e escolhido para representar os desejos do povo. 

No entanto, em novembro de 1620, o exército do Sacro Imperador Fernando II contou com o apoio de Maximiliano I, fundador da Liga Católica para recuperar o território, forçando a fuga de Frederico V. 

Acontece que a vitória estava longe de ser o fim do conflito entre católicos e protestantes. Isso porque Fernando II determinou que os protestantes devolvessem as propriedades que pertenciam aos católicos. 

Os protestantes então chamaram o Rei Cristiano IV, da Noruega e Dinamarca para defendê-los. Ele levou as tropas, mas também foi derrotado. O período Dinamarquês ocorreu em 1624 e 1629. 

O terceiro período, o Sueco, aconteceu entre 1630 e 1635. Foi a vez do Rei da Suécia Gustavo Adolfo a enfrentar Fernando II, da Dinastia Habsburgo. O objetivo de Adolfo era conquistar o Mar do Norte e o Mar Báltico para ter controle comercial da região. 

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Ele chegou a ter vitórias importantes, mas morreu na Batalha de Lutzen. Os filhos do Rei não conseguiram repetir os sucessos e acabaram derrotados.

Nisso inicia-se o Período Francês, que durou de 1635 a 1648. Neste momento, o Francês cardeal Richelieu, que apesar de católico, estava do lado dos protestantes, declarou Guerra à Espanha e Áustria, que estavam sob domínio da dinastia de Habsburgo. A justificativa era a não interferência religiosa nas decisões políticas do Reino. 

Com um arco de aliança grande, conseguiu sair vitorioso e conseguiu fazer Fernando II deixar o trono germânico. 

Durante a Guerra dos 30 anos, os Países Baixos também conseguiram a Independência, estes que estavam sob domínio espanhol. O conflito reduziu um pouco o poder religioso nas decisões políticas na Europa e deixou mais de 3 milhões de mortos.

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