O Carnaval do Rio de Janeiro é marcado também por muitas manifestações políticas através dos enredos. Confira cinco sambas marcantes da História.
Heróis da Liberdade – Império Serrano
Começamos por “Heróis da Liberdade”, da Império Serrano, em 1969. A escola de samba ousou e fez um samba subversivo em pleno AI-5. A letra destaca resistência e liberdade e isso fez com que os autores Silas de Oliveira e Mano Décio fossem chamados ao DOPS. A letra também precisou ser alterada, substituindo Revolução por Evolução.
Eu quero – Império Serrano
O mesmo Império Serrano voltou a se manifestar em 1986, no primeiro ano pós-Ditadura. O enredo era “Eu quero” e citava o trecho “Foram vinte anos que alguém comeu”, referente ao período em que os militares ficaram no poder. A letra ainda destacava que queria o povo bem nutrido, com moradia, educação e outros direitos.
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Kizomba – Vila Isabel
Em 1988, Martinho da Vila se destacou com Kizomba, a Festa da Raça. A letra destacava Zumbi e todo o movimento negro em um Samba da Vila Isabel. O Samba ainda apresentava detalhes da cultura negra, como a arte, a música e também a religião.
Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós – Imperatriz
No ano seguinte, em 1989, a Imperatriz trouxe o enredo “Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós”. O enredo quatro anos depois do fim da ditadura destacava liberdade e igualdade para os brasileiros. Além de trazer também um pouco da história do Brasil.
Histórias para Ninar Gente Grande – Mangueira
Mais recentemente tivemos o marcante Histórias para Ninar Gente Grande, da Mangueira, em 2019. O samba busca contar exatamente a história que não é contada. O foco nos portugueses e na elite branca é substituído por um outro ponto de vista, do povo negro e que foi violentado ao longo da história.
Mas e aí, qual outro samba marcante você destacaria.