Xica Manicongo, considerada a primeira travesti do Brasil

Quem Tem Medo de Xica Manicongo? Esse é o enredo da Paraíso do Tuiuti em 2025. E o que tem de importante nessa história? Acompanhe aqui.

Xica Manicongo é considerada a primeira travesti do Brasil. Para isso, obviamente se considera apenas pessoas realmente documentadas. Seu sobrenome era um título do Reino de Congo para se referir aos seus senhores e às divindades.

Ela foi trazida do Congo para Salvador no século 16 para ser escravizada. E desde que chegou ao Brasil já utilizava roupas femininas, o que gerava ataques.

As primeiras denúncias contra Xica por utilizar roupas femininas ocorreu em 1591, na primeira visita do Santo Ofício. Ela era vista como alguém que desafiava os dogmas religiosos da Igreja Católica. 

Com isso, foi acusada de sodomia, por praticar atos antinaturais e bruxaria. Condenada a queimar na fogueira, ela escolheu sobreviver e abdicou dos trajes femininos. Desta forma, foi obrigada a usar roupas masculinas até a morte, sendo alvo de intenso controle. 

Após esta denúncia, usar roupas de outro gênero passou a ser crime no século 17. Só que a transfobia no caso durou muito mais tempo. Isso porque em muitos registros, Xica Manicongo foi retratada como homem. A devida correção só surgiu através da ativista Majorie Marchi já nos anos 2000.

Agora em 2025, Xica Manicongo virou enredo da Paraiso do Tuiuti. Uma história importante e também pelo momento, no qual existem 700 projetos de lei antitrans no Brasil.

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