Você já ouviu falar na prática da degola? Pois é, esse foi um dos muitos jeitinhos que a política brasileira encontrou, no passado, pra manter os poderosos no controle do jogo.
Controle político na República Velha
Na época da República Velha, entre 1894 e 1930, o Brasil vivia sob o domínio das oligarquias — principalmente de São Paulo e Minas Gerais. Era a famosa política do café com leite. E nesse cenário, as eleições eram tudo, menos democráticas.
Como funcionava a degola
A degola acontecia assim: mesmo que um candidato fosse eleito pelo povo, ele só assumia o cargo se tivesse seu nome aprovado pelo Congresso Nacional. Quem fazia essa validação era uma tal de Comissão de Verificação de Poderes. E adivinha? Essa comissão era dominada pelos próprios aliados do governo.
Se o candidato eleito fosse da oposição ou representasse uma ameaça ao grupo dominante, ele era simplesmente “degolado”. Ou seja, tinha sua candidatura anulada. Os votos que recebeu eram descartados como se nunca tivessem existido. Um golpe silencioso, feito dentro da legalidade — ou pelo menos, dentro da legalidade que eles mesmos construíram.
Degola, coronelismo e voto de cabresto
A prática da degola era parte de um sistema mais amplo de controle eleitoral, que incluía o voto de cabresto, o coronelismo e fraudes de todos os tipos. Tudo isso pra garantir que o poder continuasse nas mãos de quem já mandava no país.
É por essas e outras que entender a história política do Brasil é tão importante. Porque só conhecendo o passado é que a gente consegue lutar por um futuro mais justo.
Vídeo sobre a Prática da Degola
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