Perseguido e morto pela ditadura, Rubens Paiva é retratado no filme Ainda estou aqui. Saiba aqui quem foi esse personagem da história brasileira.
Rubens Paiva era formado em Engenharia Civil, mas ficou famoso mesmo como político. Ele foi deputado Federal em 1962, pelo Partido Trabalhista Brasileiro, o mesmo PTB do então Presidente João Goulart.
Ele era um grande defensor do Governo, fazendo importantes discursos de que Jango não era contra a propriedade, mas sim uma distribuição melhor das riquezas do Brasil. Mais do que isso, ele atuou como vice-Presidente de uma CPI que investigava as instituições IPES e IBAD, que eram acusadas de receber dinheiro do exterior para desestabilizar o Governo de Jango.
Ditadura contra Rubens Paiva
Exatamente por essa investigação, que Rubens Paiva entrou na lista de inimigos dos militares, quando os mesmos deram o golpe em 1964. Por conta disso, ele foi um dos primeiros deputados cassados pelos golpistas.
Perseguido, ele buscou exílio na Embaixada da Iugoslávia, no Rio de Janeiro, e depois partiu rumo a França. Retornou em 1965, mas em 1971, foi preso para nunca mais voltar.
Em 20 de janeiro daquele ano, Cecília de Barros Correia e Marilene de Lima Corona foram presas no galeão com cartas de militantes políticos exilados no Chile. Algumas dessas cartas estavam endereçadas a Rubens Paiva.
Ele então foi pego em casa e levado pelos militares. Segundo documentos oficiais, Rubens Paivaele entrou no DOI-CODI do I Exército em 20 de janeiro de 1971, mas nunca mais foi visto pela sua família. Os militares na época alegavam que militantes o sequestraram quando era transferido.
No entanto, durante a Comissão Nacional da Verdade, documentos e depoimentos de militares apontaram que Rubens Paiva foi torturado e morreu devido a gravidade dos ferimentos. Seu corpo nunca foi encontrada e a esposa só recebeu o atestado de óbito do marido em 1996.