Ao estudar história, ler um livro, assistir a algum filme ou documentário, é comum ver a Idade Média ser chamada de “Idade das Trevas”. Mas por que esse período é chamado assim?
Primeiramente, é importante relembrar o que foi a Idade Média. Trata-se do período que começa após o fim da Antiguidade Clássica. Marcada pela queda do Império Romano do Ocidente em 476 d.C., e vai até a conquista de Constantinopla pelos turco-otomanos em 1453.
Origem do termo
Essa definição surgiu por parte dos pensadores iluministas do século XVIII, que identificavam que estavam na Idade Moderna. Por isso, viam a Idade Média como uma fase intermediária entre a Antiguidade e a Moderna. No entanto, o termo “Idade das Trevas” começou a ser utilizado por pensadores renascentistas. Isso porque eles enxergavam que esse período foi um momento de retrocesso nas artes e ciências.
Foi um período marcado também por muitas guerras, imposições da Igreja sobre costumes e epidemias. Como a peste negra, que causou a morte de mais de 50 milhões de pessoas na Europa. Todos esses fatores prejudicaram o desenvolvimento da região.
Sem Trevas
No entanto, a história não é algo tão rígido, e novos estudos apontam divergências de análises. Hoje, alguns historiadores discordam dessa ideia de “Idade das Trevas”. Segundo muitos deles, a Idade Média teve forte desenvolvimento na agricultura e no artesanato. Além da criação de uma nova arquitetura e o estímulo ao conhecimento através de escolas e universidades.
Muitas culturas, como os maias e astecas, possuíam construções impressionantes. O que faz com que essa análise de atraso seja restrita ao eurocentrismo, ignorando o que ocorria em outras partes do mundo.