A luta contra a homofobia na história e nos números

O dia 17 de maio é celebrado como o Dia Internacional Contra a Homofobia. Para explicar o porquê da data e da causa, principalmente para as pessoas que não concordam por motivos religiosos ou outros, fizemos este artigo da luta contra a homofobia.

A data foi escolhida porque, em 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) retirou a homossexualidade da classificação de doenças, uma grande vitória para os homossexuais. No entanto, além de comemorar essa conquista, a data também serve para lembrar dos problemas que ainda existem, como a violência contra pessoas LGBT.

Números da Homofobia

Muitas vezes, se fala que mais heterossexuais morrem por dia do que pessoas LGBT. Isso é verdade, mas não se vê heterossexuais sendo assassinados simplesmente por serem heteros. Em 2017, foram registrados 445 homicídios no Brasil cuja única motivação foi a homofobia. Além disso, houveram 1.700 denúncias de agressões. Em 2012, o número de agressões foi ainda maior, atingindo 3 mil. Embora o número tenha caído em 2014, ele voltou a crescer nos anos seguintes, mostrando que a população LGBT ainda enfrenta muitos desafios.

A luta pelos direitos LGBT começou no Brasil Colônia, quando qualquer ato homossexual público era punido com fogueira ou chicotadas. Embora as punições oficiais tenham desaparecido, o Brasil, governado majoritariamente por elites conservadoras, ainda marginalizou a homossexualidade, inclusive durante a ditadura militar.

Realidade atual

A descriminalização da homossexualidade só aconteceu em 1830, e as conquistas demoraram a chegar. Foi apenas em 1999, nove anos depois da OMS retirar a homossexualidade da lista de doenças, que o Conselho de Psicologia do Brasil proibiu tratamentos de ‘cura’ para homossexualidade. Em 2010, ocorreu a primeira adoção por um casal homoafetivo, mas ainda hoje há muitos processos que se arrastam nos tribunais.

Foi somente em 2011 que a união estável foi permitida, e em 2013 o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado. Em 2016, a presidenta Dilma Rousseff aprovou um decreto que permite o uso do nome social em órgãos públicos e estatais.

A população LGBT não busca privilégios, mas sim direitos básicos que os heterossexuais já possuem, como o direito de adotar uma criança ou de viver em segurança. Com o aumento da violência, cada um precisa decidir se deseja uma sociedade inclusiva ou excludente.

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