Legalização do aborto. Este é mais um tema controverso, que está sendo revisto pelo Mundo e passa por discussão no STF e no Congresso.
Muitas pessoas confundem a discussão como se fosse um debate moral ou até mesmo religioso, se esquecendo que moral e religião são questões individuais.
Até mesmo pessoas progressistas ou ligados a partidos que são favoráveis a legalização costumam torcer o nariz quando este tema é levantado.
Legalização não é ser favorável
O primeiro ponto que precisa separar é que legalização do aborto não significa ser favorável ao aborto. Legalizar significa deixar de tratar o fato como um caso de polícia e enxergar como uma situação de saúde pública.
E isso porque, porque o aborto no Brasil acontece. São cerca de 800 mil abortos praticados no Brasil por ano. Somente o SUS realiza cerca de 200 mil atendimentos por ano para tratar sequelas de procedimentos malfeitos.
Com a observação que nessa conta sequer entra o de mulheres que morrem nas mesas de cirurgia clandestinas.
Segundo números do SUS, 1 mulher a cada 28 que foram internadas entre 2012 e 2022 por falha na tentativa de aborto acabou morrendo. Por dia, o Brasil tem em média 535 internações por aborto.
O debate sobre o aborto na história
Risco para as mulheres
Portanto, o aborto acontece no Brasil, sem qualquer tipo de amparo, deixando mulheres e muitas das vezes jovens de 13, 14, 15 anos entregues a esses locais clandestinos e ainda sendo depois criminalizadas por isso.
E principalmente pessoas pobres, pois famílias ricas podem viajar e fazer o procedimento em outros países em que o aborto é legal, como Argentina, Chile, Colômbia, Alemanha, França, itália, Portugal, Espanha e na grande maioria dos países europeus.
Só que com a legalização não significa que tudo poderá ser feito de qualquer jeito. Existiriam regras e prazos estabelecidos, como, por exemplo, o limite da interrupção da gravidez até 3 ou 4 meses, quando o feto não tem condições de sobreviver fora do corpo da mulher.
No canal tem um outro vídeo, mais completo e que se aprofunda no contexto histórico sobre o aborto, que não era visto como crime e nem mesmo pecado no passado e só mudou com a pressão dos governos após a Revolução Industrial.