Revolta da Chibata – resumo

A Revolta da Chibata foi um movimento que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro em 22 de novembro de 1910. E tinha como objetivo o fim dos castigos físicos na Marinha brasileira.

Contexto da Revolta

A abolição da escravidão havia ocorrido em 1888, e a Proclamação da República no ano seguinte. A República começou com dois presidentes militares, mas ficou 16 anos com civis no poder, até que o marechal Hermes da Fonseca foi eleito e tomou posse em 15 de novembro de 1910.

Um ponto importante a ser destacado é que, desde os tempos do Império, boa parte dos marinheiros brasileiros eram negros ou mulatos, comandados por oficiais brancos. O líder da Revolta era João Cândido, conhecido como Almirante Negro.

Ele se alistou em 1895, aos 14 anos, e esteve na Inglaterra na década seguinte pela Marinha brasileira, onde aprendeu sobre a luta por direitos dos marinheiros britânicos. Ao retornar ao Brasil, ele formou um grupo clandestino para organizar uma revolta, que deveria ocorrer em 25 de novembro de 1910.

Estopim

O estopim da Revolta aconteceu quando Marcelino Rodrigues foi castigado com 250 chibatadas a bordo do navio Minas Gerais por ter ferido um colega da Marinha. Mesmo após desmaiar, o castigo continuou. Na noite de 22 de novembro, os marinheiros se revoltaram, matando seis oficiais, entre eles o comandante do navio.

Eles então enviaram uma carta ao governo, exigindo o fim dos castigos físicos, melhorias na alimentação e anistia para todos os participantes da revolta. Caso suas exigências não fossem atendidas, ameaçaram bombardear a cidade do Rio de Janeiro, que na época era a capital do Brasil.

Resumo da Revolução Federalista

Reação do Governo

O presidente Hermes da Fonseca ficou cada vez mais pressionado e acabou aceitando os pedidos. No entanto, assim que os marinheiros entregaram as armas, o governo determinou a expulsão de todos os revoltosos.

Os marinheiros que participaram da Revolta foram presos na Ilha das Cobras ou enviados para trabalhos forçados nos seringais da Amazônia. Na prisão, os marinheiros tentaram organizar uma nova revolta, que foi fortemente reprimida pelo governo e resultou na morte de 35 dos 37 marinheiros envolvidos. Dos principais nomes do movimento, João Cândido foi o único sobrevivente, falecendo somente em 1969.

Hermes da Fonseca teve um governo marcado por muitas intervenções militares, destituindo governadores e enfrentando diversas revoltas, como a de Juazeiro, do Contestado e a de Canudos.

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