Em 1823, o presidente dos Estados Unidos, James Monroe, desenvolveu uma nova política externa norte-americana. Esta ficou conhecida como “América para os americanos”. Ela foi chamada de Doutrina Monroe.
Objetivo da Doutrina Monroe
O grande objetivo da doutrina era garantir o fim do colonialismo na América por parte dos europeus. Dessa forma, os Estados Unidos passaram a apoiar todos os processos de independência na região. Defendiam também a luta contra qualquer tentativa de formação de novas colônias europeias na América.
Com isso, os Estados Unidos se tornariam a grande potência e a única liderança na América. Facilitando assim o controle e a imposição de sua cultura e religião para os demais povos do continente. A Doutrina Monroe foi acompanhada pelo conceito de “Destino Manifesto”, um termo criado pelo jornalista John Louis O’Sullivan em 1845.
Destino Manifesto
A ideia do Destino Manifesto era a expansão dos domínios dos norte-americanos na América do Norte. Baseada na crença de que esse avanço ocorria por uma vontade divina, para expandir a conquista de terras e promover a cultura e a religião. Portanto, os adeptos dessa crença viam como missão dos Estados Unidos converter os indígenas e mexicanos, que eram considerados inferiores por eles.
Essa doutrina foi fundamental para a expansão territorial dos Estados Unidos para o Oeste, partindo do Atlântico, onde estavam as 13 colônias, em direção ao Pacífico. A Doutrina Monroe, assim como o Destino Manifesto, contribuiu para o expansionismo americano no continente.
Mais do que territórios, os Estados Unidos passaram a ter fortes influências em tudo o que acontecia na América Latina, promovendo um expansionismo militar, político e econômico.
América Latina
Essa influência se intensificou nos processos de independência de Cuba, Panamá e Porto Rico. Criando uma relação de dependência desses países perante os Estados Unidos, o que possibilitou uma maior influência norte-americana no Caribe.
Esse contexto pavimentou o caminho imperialista dos Estados Unidos na região e abriu portas para intervenções frequentes na América Latina. Seja através de golpes, ditaduras ou conflitos contra países com políticas econômicas diferentes.