História de Oswaldo Cruz

As histórias e personagens em evidência: um deles é Oswaldo Cruz, que acaba sendo mais estudado pela questão da Revolta da Vacina no começo do século 20. No entanto, Oswaldo Cruz foi muito mais importante no combate a várias doenças no Brasil. Ele nasceu em São Luiz do Paraitinga, no dia 5 de agosto de 1872. Aos cinco anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde se formou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1892.

Cinco anos depois, foi para Paris estudar microbiologia, soroterapia e imunologia no Instituto Pasteur. Em 1899, foi estudar um surto de peste bubônica em Santos. No ano seguinte, retornou ao Rio de Janeiro e assumiu a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal, na fazenda de Manguinhos. Lá, tinha a missão de fazer pesquisas e fabricar o soro antipestoso.

Comando da saúde

Seu maior destaque ocorreu em 1902, quando o presidente da República, Rodrigues Alves, o convidou para ser Diretor-Geral de Saúde Pública. Na época, não existia o Ministério da Saúde, então esse cargo era quase equivalente ao de um ministro da saúde hoje em dia. Rodrigues Alves deu a Oswaldo Cruz muita liberdade para implementar suas ações, especialmente no combate à febre amarela, peste bubônica e varíola.

Oswaldo Cruz foi fundamental ao descobrir que o transmissor da febre amarela era o mosquito, e não o contato direto entre pessoas doentes, como acreditavam na época. Em 1904, enfrentou sua maior dificuldade: a Revolta da Vacina, quando determinou a vacinação obrigatória, aprovada pelo presidente e pelo congresso. Porém, devido a pressões populares e políticas, a obrigatoriedade foi retirada, embora a vacinação continuasse recomendada.

Divisões de poderes: Como funcionam

Mesmo com dificuldades, as campanhas de vacinação, isolamento e desinfecção implementadas por Oswaldo Cruz ajudaram a reduzir o número de casos de várias doenças no Rio de Janeiro. Em 1909, ele deixou o cargo de Diretor-Geral de Saúde Pública e passou a se dedicar ao Instituto Manguinhos, que mais tarde seria renomeado Instituto Oswaldo Cruz. Ele organizou expedições científicas pelo interior do Brasil, e em 1910 conseguiu erradicar a febre amarela no Pará e controlar casos de malária, possibilitando a conclusão da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré.

Por problemas de saúde, em 1915, Oswaldo Cruz abandonou o Instituto e mudou-se para Petrópolis, onde foi nomeado prefeito e implementou um plano de urbanização. Ele morreu em 1917, aos 44 anos, de insuficiência renal.

Hoje, o Instituto Oswaldo Cruz continua ativo e é um dos principais centros de pesquisa do Brasil.

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