A Conjuração Baiana, também conhecida como Revolta dos Alfaiates ou Revolta dos Búzios, foi uma revolta popular que ocorreu em 25 de agosto de 1798, na Bahia. Teve como influência o movimento de independência do Haiti. O levante de escravos mais bem-sucedido da história, e também repercutiu os ideais iluministas e da Revolução Francesa.
É considerada a primeira revolta social do Brasil e uma das mais significativas da nossa história. Principalmente por seu ideal de igualdade para todo o país e por ser composta pela população oprimida.
Principais causas
A população vivia em péssima situação desde a transferência da capital do Brasil para o Rio de Janeiro, em 1763. Além disso, enfrentavam baixos salários, preços altos dos alimentos e produtos essenciais, e a escassez desses itens. A Sociedade Secreta Cavaleiros da Luz foi responsável por organizar o movimento, que era composto por escravos, negros livres, brancos pobres e mestiços. Tornando-o bem mais popular que a Conjuração Mineira, que era liderada por membros da elite.
Entre os principais nomes do movimento estavam João de Deus, Faustino dos Santos, Luís Gonzaga das Virgens, e Lucas Dantas, que eram alfaiates e soldados.
Resumo da Revolução Federalista
Objetivos
Os objetivos da Conjuração Baiana eram a emancipação política do Brasil, libertando-o de Portugal, a implantação de uma república democrática e a defesa de uma sociedade sem desigualdades sociais. O movimento pregava a liberdade, igualdade entre as pessoas, o fim dos privilégios sociais e da escravidão. Além da liberdade comercial e o aumento dos salários dos soldados.
No dia 12 de agosto de 1798, surgiram vários papéis pregados nos principais pontos de Salvador, convocando a população para lutar, com frases como: “Animai-vos povo baiense que está para chegar o tempo feliz da nossa liberdade, o tempo em que todos seremos irmãos, o tempo em que todos seremos iguais.”
Repressão
O governo ofereceu recompensas a quem delatasse os envolvidos. Um dos participantes, José da Veiga, delatou os líderes ao governador, permitindo que fossem presos em flagrante e desarticulando o movimento. Das 669 pessoas supostamente envolvidas, 49 foram presas. Os líderes João de Deus, Manuel Faustino dos Santos Lira, Lucas Dantas do Amorim Torres, e Luís Gonzaga das Virgens foram enforcados e esquartejados em 9 de novembro de 1799.
Os participantes da elite receberam penas mais leves ou foram libertados. Já os mais pobres foram enforcados, uma morte considerada mais dura e demorada, o que refletia o preconceito de classe da sociedade da época.