E apesar de ter vivido pouco, Castro Alves deixou uma série de livros e poemas de importante significado, como, por exemplo, as críticas ao sistema escravista vigente no Brasil.
Padre Antônio Frederico de Castro Alves nasceu em Muritiba, na Bahia, em 14 de março de 1847. Ainda criança, ele se mudou para Salvador, e com 12 anos começou a escrever poemas. Em 1862, ele foi para Recife para cursar a faculdade de Direito, em um momento em que a cidade fervilhava com ideais abolicionistas e republicanos. Isso o incentivou a escrever diversos textos que falavam da situação da escravidão.
Produções literárias
Aos 21 anos, ele recitou o poema ‘Navio Negreiro’ na frente de diversos fazendeiros, em uma comemoração cívica, denunciando os maus-tratos a que os negros eram submetidos. Ele foi o primeiro poeta, de fato, a combater a escravidão, e exatamente por isso ficou conhecido como o ‘Poeta dos Escravos’. Em muitos momentos, ele bateu de frente com os grandes fazendeiros.
Castro Alves morreu em 6 de julho de 1871, aos 24 anos. Desde os 17 anos, já apresentava problemas nos pulmões, e, apesar da curta vida, ele escreveu sobre amor, morte, igualdade, abolicionismo e a vida da população mais pobre. Ele se tornou uma das principais figuras do romantismo no Brasil, dando a esse estilo um sentido social e revolucionário que o aproximava do realismo. Por isso, sua arte era considerada uma poesia social, com um grito em favor dos mais vulneráveis.
Entre as principais obras estão: ‘A Canção do Africano’, ‘Adormecida’, ‘Hinos do Equador’, ‘Navio Negreiro’ e ‘Vozes da África’. Todas essas obras estão hoje disponíveis gratuitamente, pois já são de domínio público.