Na Alemanha nazista, que dizia ter como um dos pilares a família, houve um programa que era basicamente uma ‘fábrica de bebês’. O chamado Projeto Lebensborn, ou ‘Fonte da Vida’, foi desenvolvido em 1935 por Heinrich Himmler, um líder militar e considerado o número 2 do Terceiro Reich, atrás apenas de Hitler.
Filme Menino do Pijama listrado não é recomendado
O que era o Projeto Lebensborn
Nesse programa, mulheres consideradas dentro dos padrões raciais eram encorajadas a terem relações sexuais com oficiais nazistas. E mesmo que alguém tente minimizar isso dizendo que elas não eram forçadas — embora isso não possa ser afirmado categoricamente —, estamos falando de um período em que havia uma verdadeira lavagem cerebral no povo alemão de que era um dever servir ao país.
Essas mulheres davam à luz em maternidades construídas para o programa, e depois os bebês eram entregues e criados pela organização nazista. Não existem dados precisos, pois muitas pessoas sequer foram registradas, mas diversas publicações apontam que mais de 8 mil nascimentos ocorreram dentro desse projeto entre 1936 e 1945.
A partir de 1939, os nazistas passaram também a sequestrar crianças de outras regiões que atendessem aos ideais de ‘pureza racial’ da Alemanha. Estima-se que só da Polônia, mais de 10 mil crianças foram retiradas dos pais ou de orfanatos. A situação fica ainda pior ao saber que as crianças sequestradas que não cumpriam as condições de pureza eram levadas para campos de concentração.
Essa ideia de controle social e manipulação começa cedo, em outros programas como o da juventude hitlerista, criado em 1926 para jovens entre 10 e 18 anos que seguiam e representavam perfeitamente os ideais nazistas.