A história de Luís Gama

Hoje vamos falar sobre Luís Gama, o patrono da abolição da escravidão no Brasil, e um dos maiores responsáveis pela libertação de escravos no país.

Luís Gama nasceu em 21 de julho de 1830, em Salvador. Filho de Luísa Mahin, uma escrava que lutou pela sua própria liberdade e participou da Revolta dos Malês. Ela foi perseguida e teve que deixar Luís sob os cuidados do pai, um português rico. Contudo, esse homem perdeu sua fortuna no jogo e, quando Luís tinha apenas 10 anos, ele foi vendido como escravo pelo próprio pai.

Formação de Luís Gama

Levaram Luís Gama para o Rio de Janeiro, onde ele trabalhou em várias funções, desde lavador até sapateiro. Com cerca de 15 anos, ele conseguiu fugir para São Paulo, onde começou a estudar por conta própria. Aos 17 anos, tornou-se autodidata e se envolveu em grupos oposicionistas, frequentando a Faculdade de Direito. Foi lá que ele aprendeu sobre uma lei de 1831, que dizia que todos os africanos desembarcados no Brasil após essa data deveriam ser livres.

Munido desse conhecimento, ele conseguiu provar sua própria liberdade, argumentando que, sendo filho de uma mulher livre, nunca poderia ter sido escravizado. Mas ele foi além: durante sua vida, conseguiu libertar mais de 500 escravos, usando a lei de 1831 nos tribunais.

Luís Gama não se limitou ao trabalho jurídico. Ele fundou o jornal O Diabo Coxo, onde expunha os acontecimentos políticos e econômicos por meio de caricaturas, o que tornava a informação acessível à população mais pobre, que muitas vezes não sabia ler.

Ele também se envolveu na política, fazendo parte do Partido Republicano Paulista. No entanto, Luís Gama faleceu em 24 de agosto de 1882, aos 52 anos, devido a complicações de diabetes, antes de ver a abolição da escravidão ou o Brasil se tornar uma república. Ainda assim, ele é lembrado como um dos grandes nomes do movimento abolicionista brasileiro.

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