Conheça agora sobre Bertha Lutz. Uma ativista feminista fundamental para a conquista dos direitos de voto e outros direitos para as mulheres.
Bertha Lutz nasceu em 2 de agosto de 1894 e se tornou famosa no começo do século 20, depois de estudar Ciências Naturais na Universidade de Paris, na França. Além de se destacar na área científica, Bertha Lutz trouxe para o Brasil tudo o que viu sobre a luta pelos direitos das mulheres. Tanto na prática quanto nas ideias que precisavam ser implementadas no país.
Ela se dedicou a mudar o quadro de invisibilidade da mulher na sociedade brasileira, especialmente no Rio de Janeiro. Onde criou diversas ligas femininas para inclusão e ampliação do debate. Ela defendia que as mulheres deveriam ir além do espaço doméstico.
Atuação de Bertha Lutz
Em 1919, Bertha se tornou a segunda mulher a conquistar um cargo público no Brasil, ao passar em um concurso para o Museu Nacional. Em 1922, ela conseguiu que meninas tivessem o direito de estudar, o que era um privilégio exclusivo dos meninos até então. Dez anos depois, em 1932, fundou a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino, que foi essencial para pressionar Getúlio Vargas a incluir o direito de voto feminino no Código Eleitoral.
No ano seguinte, ela se formou em Direito, e em 1935 assumiu o cargo de deputada federal. Durante seu mandato entre 1935 e 1937, Bertha Lutz lutou pela igualdade salarial, licença-maternidade de três meses e pela redução da jornada de trabalho, que chegava a 13 horas na época.
Além disso, ela representou o Brasil em diversos congressos internacionais, incluindo a Conferência de São Francisco, que deu origem à ONU. Nessa conferência, ela garantiu que o texto final incluísse a igualdade de direitos entre homens e mulheres, apesar de ser uma das seis mulheres em meio a 850 delegados.
Bertha Lutz viveu até os 82 anos, falecendo em 1976, deixando uma grande contribuição para a história do Brasil e para o movimento feminista.