História dos direitos trabalhistas

No dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, vamos falar sobre as conquistas, garantias e direitos dos trabalhadores ao longo dos anos, e também o que estamos perdendo atualmente.

A história dos direitos trabalhistas no Brasil começa com a escravidão. No qual os escravizados não tinham qualquer direito, trabalhavam exaustivamente e recebiam apenas o mínimo para sobreviver. Já no século 19, houve poucas mudanças; uma delas foi a proibição do trabalho para menores de 12 anos.

No início do século 20, surgiram direitos como férias de 15 dias, mas ainda havia retrocessos. O Brasil incentivou a imigração para suprir a mão de obra, mas esses imigrantes também enfrentaram condições precárias e começaram a se organizar em sindicatos, inspirados por movimentos em seus países de origem, como na Itália.

Criação da CLT

A chegada de Getúlio Vargas ao poder, em 1930, marcou mudanças significativas. Ele criou o Ministério do Trabalho, a carteira de trabalho e a Justiça do Trabalho. Na Constituição de 1934, surgiram direitos como o repouso semanal, férias remuneradas e jornada máxima de 8 horas diárias. Em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) reuniu esses direitos, permitindo aos sindicatos lutar por melhores condições.

O Fim da Escala 6×1: O Debate sobre uma Jornada de Trabalho

Após Vargas, a Constituição de 1946 trouxe novos direitos, como o repouso remunerado aos domingos, feriados e o direito à greve. No governo de João Goulart, esses direitos foram estendidos aos trabalhadores rurais. No entanto, com a ditadura militar, houve retrocessos: greves foram proibidas em serviços essenciais, sindicatos foram fechados, e salários congelados, o que prejudicou os trabalhadores.

Ditadura e Redemocratização

Na década de 70, apesar da repressão, o movimento sindical voltou a se fortalecer, destacando-se a greve dos metalúrgicos em São Paulo. Com o fim da ditadura, a Constituição de 1988 trouxe grandes conquistas, como proteção contra demissão sem justa causa, licenças maternidade e paternidade e jornada máxima de 44 horas semanais. No governo Lula, o salário mínimo passou a ser reajustado pela inflação e pelo crescimento do país.

No governo Dilma, os direitos das empregadas domésticas foram ampliados, garantindo a elas direitos como jornada de 8 horas, salário mínimo, e proteção contra demissão sem justa causa. Porém, recentemente, mais de 100 itens da CLT foram alterados. Incluindo a possibilidade de mulheres grávidas trabalharem em condições insalubres, jornada de até 12 horas e redução do horário de almoço para 30 minutos.

Esses direitos trabalhistas foram obtidos com muita luta, greves e sacrifícios. Antes de apoiar políticos que defendem a flexibilização da CLT, a carteira de trabalho verde e amarela ou o fechamento de sindicatos, é importante refletir sobre as condições passadas.

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