A chamada Política dos Governadores foi uma estratégia política criada durante o governo de Campos Sales, no início da República Velha, no final do século XIX. E por que ela foi importante? Porque foi a base do que se chama de República Oligárquica.
Acordo entre presidente e governadores
A ideia era garantir governabilidade e estabilidade política. Como? Através de um acordo informal entre o presidente da República e os governadores dos estados. O presidente se comprometia a não interferir na política local — ou seja, deixava os governadores mandarem em seus territórios. Em troca, os governadores garantiam apoio ao presidente no Congresso Nacional.
A influência do coronelismo
Mas isso ia além: os governadores também faziam acordos com os coronéis, os grandes chefes políticos do interior. E aí entra o famoso coronelismo. Os coronéis controlavam votos na base da força, do favor e da dependência. Era o chamado voto de cabresto.
Com isso, a máquina política se fechava num círculo de poder: coronéis elegiam deputados estaduais, que apoiavam os governadores, que apoiavam o presidente.
Oligarquias no comando
Essa aliança entre o poder federal, os estados e os coronéis manteve a estrutura de poder nas mãos das oligarquias rurais por décadas — principalmente as de São Paulo e Minas Gerais, no famoso pacto do “café com leite”.
Declínio da Política dos Governadores
A Política dos Governadores foi essencial para manter essa engrenagem funcionando até a crise da República Velha, quando surgiram movimentos de oposição como o tenentismo, a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas ao poder.
Vídeo sobre a Política dos Governadores
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