Anistia de Bolsonaro, isso já aconteceu. Não, não estamos falando da acusação de 8 de janeiro e sim de outro julgamento, o processo de expulsão do Exército nos anos 80.
A maioria sabe que Bolsonaro já foi militar, mas poucos sabem das acusações que ele enfrentou na década de 80. Na ocasião, Bolsonaro foi julgado pelos planos de explodir quarteis e também a adutora de Guandu, que abastece o Rio de Janeiro.
Isso havia aparecido em uma reportagem da Revista Veja em 1987 no qual Bolsonaro falava da insatisfação da categoria e que se o reajuste ficasse abaixo de 60%, algumas bombas seriam detonadas.
Por conta disso, ele chegou a ser condenado por três coronéis no Conselho de Justificação, que decidiram pela expulsão de Bolsonaro. No entanto, ele recorreu ao Superior Tribunal Militar.
No julgamento, a Polícia federal havia confirmado que após perícia, os desenhos relacionados ao plano das bombas eram realmente da autoria de Bolsonaro.
Acontece que no Superior Tribunal Militar Bolsonaro conseguiu a absolvição por 9 a 4. Para isso, ele defendeu que a reportagem era uma mentira e que ele jamais havia dado tais declarações para a repórter da Revista Veja. Revista essa que meses antes, Bolsonaro havia escrito um artigo.
Acontece que essa posição fez com que o julgamento virasse um nós contra eles, conforme publicado pelo Jornalista Luiz Maklouf Carvalho, que teve acesso aos registros do julgamento de 1988. Em um trecho o general Alzir Benjamin Chaloub, indicado pelo general Figueiredo e que inocentou Bolsonaro falou que , “repórter não é flor que se cheire”.
Bolsonaro então foi liberado sem condenação e meses depois entrou para a política.