Os baianos, como eram conhecidos, foram fundamentais para a resistência do samba. Em especial, uma figura foi determinante para o sucesso do gênero: Tia Ciata. Ela cedeu sua casa para a composição dos primeiros sambas.
Tia Ciata nasceu na Bahia em 1854 e se mudou para o Rio de Janeiro em 1877, onde ficou conhecida como ‘mãe pequena’ pela comunidade. Assim como muitos outros da comunidade do samba, ela veio da Bahia para o Rio de Janeiro para trabalhar nas lavouras de café. Em 1808, eles começaram a ocupar as áreas centrais do Rio, onde ela se estabeleceu.
Origem do Samba
Na casa de Tia Ciata ocorriam os primeiros encontros da comunidade. A casa era dividida em três partes: na sala da frente, tocavam músicas consideradas mais respeitadas e aceitáveis pela sociedade, com estilos europeus. A parte de trás era destinada ao samba, enquanto no fundo da casa ocorriam as atividades religiosas. Essa organização protegia as reuniões, pois o samba ficava abafado pelas músicas tocadas na frente.
Não é por acaso que a casa de Tia Ciata foi o local onde, em 1916, Ernesto dos Santos e outros compositores criaram ‘Pelo Telefone’, que mais tarde seria registrado como o primeiro samba do Brasil. Além dela, o samba contou com muitas outras mulheres importantes, como Madrinha Eunice, primeira presidente de uma escola de samba, Dona Ivone Lara, Beth Carvalho e tantas outras.
A casa de Tia Ciata, fundamental para a história do samba, ficava na Rua Visconde de Itaúna, no centro do Rio. Em 1942, foi demolida para a abertura da Avenida Presidente Vargas. Tia Ciata faleceu em 1924, mas sua influência continua a ser lembrada como um pilar para o samba.
