Revolta da cachaça em 1660-1661

Você pode aumentar o preço da carne, do arroz, do feijão, do óleo, como está acontecendo atualmente no Brasil. A população só se revolta se aumentar a passagem ou o preço da cachaça. Brincadeiras à parte, em 1660, o Rio de Janeiro foi palco da Revolta da Cachaça, um conflito importante na história colonial brasileira.

Motivos da Revolta

Em 1660, a Câmara de Vereadores do Rio contrariou as ordens da Coroa portuguesa e liberou a produção de cachaça na capitania. Portugal era contra essa produção, pois queria manter o monopólio de bebidas alcoólicas e garantir lucros com as vendas de produtos portugueses. Para proteger esse comércio, a Coroa criou a Companhia Geral do Comércio, que controlava a venda de vários produtos, incluindo bebidas.

Com a crise do açúcar, os fazendeiros começaram a produzir cachaça para manter os lucros, pois o mercado de açúcar estava em declínio. O governo do Rio de Janeiro decidiu, então, legalizar a produção de cachaça e cobrar impostos sobre ela. Isso reduzia ainda mais os lucros dos colonos, já pressionados pela situação econômica. Em resposta, fazendeiros e o povo da Freguesia de São Gonçalo do Amarante (hoje São Gonçalo) se revoltaram em novembro de 1660 contra as cobranças impostas.

O Levante e a Tomada de Controle

Com apoio de alguns soldados, os revoltosos prenderam o governador em exercício, Tomé de Souza Alvarenga, e nomearam Agostinho Barbalho, que logo foi substituído pelo irmão Jerônimo Barbalho. Contudo, Tomé de Souza, o capitão-general, pediu reforços na Bahia e retornou ao Rio em abril de 1661, pegando os revoltosos de surpresa. Não houve resistência significativa, e o governo rapidamente retomou o controle.

Revolta da Chibata – resumo

Repressão e Consequências

Após a retomada, Salvador de Sá montou uma corte marcial e condenou os líderes da revolta à prisão, e Jerônimo Barbalho foi condenado à morte por enforcamento. Contudo, o Conselho Ultramarino de Portugal interveio, desaprovando as punições severas contra fazendeiros, e em 1661, a rainha regente de Portugal, Luísa de Gusmão, decidiu permitir a fabricação de aguardente no Brasil, representando uma vitória para os revoltosos.

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