O Samba de maneira mais oficial só foi surgir em 1917, com a música “Pelo telefone”. Pouco tempo depois foram surgindo variações, com uma nova cadência para dançar e acompanhar os desfiles de rua.
Isso partiu principalmente de uma turma liderada por Ismael Silva, Bide e Nilton Bastos. Eles criaram também a “escola de samba” Deixa Falar em 1928, que é a tratada como a primeira por reunir elementos que formam as escolas hoje em dia.
Porque de um lado, Ismael Silva queria criar um bloco carnavalesco diferente, em que as pessoas pudessem dançar e evoluir ao ritmo do samba. Já Oswaldo da Papoula queria um rancho carnavalesco, com enredo, evoluções, destaques e bailados. Do meio de termo das duas ideias, surge a escola de samba.
Já o termo “escola de samba”, se deve à proximidade da sede da Deixa Falar com uma Escola Normal, no Largo do Estácio.
A história do Samba: Origem, resistência e transformações
Surgimento de novas escolas de samba
Essa ideia foi logo espalhada, chegando a Oswaldo Cruz e os morros da Mangueira e do Salgueiro. E em 20 de janeiro de 1929 surgiu o primeiro concurso de Sambas. Além da Deixa Falar, participaram o Conjunto Carnavalesco de Oswaldo Cruz e do bloco Estação Primeira, que mais tarde dariam origem à Portela e à Mangueira, respectivamente.
A história evolui em 1932. Para movimentar o período sem jogos de futebol, o Jornal Mundo Sportivo, dirigido por Mário Filho, teve a ideia de organizar o primeiro desfile de escolas de samba. A atração foi um sucesso, com público assistindo a 19 escolas na Praça Onze no domingo de carnaval, com a Mangueira campeã.
No ano seguinte, O Globo assumiu a organização e 35 escolas se apresentaram. No entanto, vale ressaltar que as apresentações ainda eram completamente diferentes. Os desfiles durava cerca de 10 minutos e as escolas podiam cantar até três sambas.
As décadas seguintes foram de transformações e aumento da popularidade. O desfile foi transferido para a Avenida Rio Branco, depois Presidente Vargas até a construção do Sambódromo, em 1978.