Você sabe quando as Escolas de Samba passou a trazer Orixás e as religiões afro para o Carnaval?
A origem do Carnaval carioca está totalmente ligada aos negros, que no começo do século XX em sua maioria eram simpatizantes do Candomblé ou da Umbanda. O samba, por exemplo, encontra abrigos nos terreiros enquanto ainda era perseguido pelas autoridades
No entanto, apesar desta raiz, o Carnaval demorou a incluir estas religiões e seus símbolos nos enredos. Os registros indicam que a primeira referência a um Orixá só foi ocorrer em 1966, com o Império Serrano, em uma homenagem a Iemanjá. Já a primeira alegoria, também com referência a Iemanjá, só foi aparecer em 1969, com a Salgueiro. Depois dos anos 70 isso se ficou cada vez mais frequente, tendo diversos enredos envolvendo orixás e religiões de matriz africana no mesmo ano.
A história do Carnaval Carioca
Mas porque demorou tanto? Isso aconteceu porque a perseguição ao Samba diminuiu na década 30 com uma certa intervenção de Getúlio Vargas. Só que ao mesmo tempo que ele buscava se aproximar das camadas populares com a liberação do ritmo, ele buscava ““desafricanizar” o samba no Brasil. Portanto, os enredos passavam por temas que agravam a Ditadura do Estado Novo.
Somente nos anos 50 que temas da “cultura afro-brasileira” passaram a ganhar mais espaço. Até que chegou aos Orixás.