Neste episódio você vai entender a origem e a crença do Movimento Rastafari. Embora o Rastafarianismo seja conhecido principalmente pela Jamaica e Bob Marley, a base da crença está ligada totalmente a África.
Isso porque o Movimento Rastafari surge em torno da figura de Haile Selassié I (1892-1975) — imperador da Etiópia entre os anos de 1930 a 1974. Selassié considerava-se herdeiro direto do rei bíblico Salomão e da rainha Sabá, que haviam reinado na região durante a Idade Média. Por conta disso, seus seguidores consideram-no o próprio Jah, isto é, o próprio Deus.
Sua popularidade cresceu em 1936, quando fez um discurso na Liga das Nações sobre o avanço de conflitos e das teorias racistas, que geraram a Segunda Guerra Mundial. Seu discurso contra a violência o fez ficar conhecido como Ras Tafari, que significa “Príncipe da Paz”.
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Rastafari e a Jamaica
E na Jamaica, os descendentes dos escravizados africanos, viam em Salassié um rei soberano, com esse caráter messiânico. Isso se difundiu pela população pobre jamaicana e teve no gênero musical Reggae, em especial Bob Marley, o grande propagador desta crença.
O movimento Rastafari misturava duas ideologias. Uma é o cristianismo, que tinha apelo nas áreas pobres por conta de missionários americanos, e a outra os movimentos nacionalistas negros, que faziam a população a olhar para a África. Entre os líderes deste movimento estava Marcus Garvey.
No entanto, apesar do Rastafarianismo crescer na década de 30, foi somente nos anos 70, que a perseguição aos seguidores desta crença na Jamaica é que começou a diminuir.
Entre as principais características do movimento está na crença de que a Ganja tem propriedades medicinais e facilita a comunhão espiritual. Há também forte ligação com danças e toques de tambores. Há também toda uma estrutura de hábitos alimentares fundamentos no consume de vegetais, legumes e frutos, além de seguirem sua própria Bíblia.