Como surgiu o calendário que utilizamos hoje. Porque setembro não é o mês sete e dezembro não é o mês dez. Você vai saber sobre toda a origem do calendário ao longo do texto.
O calendário que utilizamos hoje é o Gregoriano. Surgiu em 1582, substituindo o calendário Juliano. Essa troca ocorreu porque quando Julio Cesar instituiu o ano com 365 dias e seis horas, formando os dias bissextos em cada quatro anos, não corrigiu a defasagem que existia no devido ao calendário anterior, que tinha 355 dias.
Em 1582, o Papa Gregório XIII então decidiu por saltar 11 dias no mês de outubro para corrigir esta situação e ajustar o calendário ao ano solar.
Só que antes dessa modificação, que foi praticamente um ajuste fino das datas, muitas outras transformações aconteceram e que causam esta confusão nos nomes dos meses.
Muitos séculos atrás, mais precisamente no século 8 antes de Cristo, existia o Calendário Romano Original, criado pelo primeiro Rei latino, Rômulo.
Era baseado na Lua e tinha 10 meses, com 304 dias. Martius, aprilis, maius e junius eram os primeiros, e os nomes em Latim, eram dedicados a deuses e eventos, como o início das plantações.
Em seguida vinha quintilis, sextilis, septembre, octobre, novembre e decembre. Portanto, referências aos números, de mês 5, 6, 7, 8, 9 e 10.
Só que como falamos, o calendário seguia o ciclo lunar e não o sol e nem as estações do ano, o que causavam uma certa confusão.
A solução para as estações no calendário
Para tentar resolver isso, o monarco Numa Pompílio, em 717 a. C decidiu por criar mais dois meses. Janus, dedicado ao Deus Jano, para trazer bons presságios na abertura do ano. E Februa, que se significava um rito de purificação em latim.
Os dois meses então entraram no começo de calendário, empurrando todos os demais para a sequência. Isso fez com que setembro passasse do 7 para 9, outubro do 8 para o 10 e assim por diante.
A decisão por manter os nomes, mesmo não fazendo sentido, era pelo fato da população já estar acostumadas com a forma que eram chamados.
Só que aí 45 a.C, o Imperador Júlio Cesar decidiu por fazer uma folhinha com o foco solar e alinhada as estações. E aí instituiu os 365 dias com o ano bissexto que temos até hoje.
E aí graças a essa reforma, O Senado Romano decidiu pela mudança do nome de dois meses. Quintilis passou a ser Julius, em homenagem ao Imperador Julio Cesar.
Ja sextilis passou a ser Augusto, em homenagem ao primeiro imperador romano, César Augusto
Porém, vale destacar que antes de Roma existir, diversas tribos latinas já dividiram o ano em períodos e nomearam com o nome de seus Deuses. Os romanos então adaptaram essas estruturas para formarem os primeiros calendários.