A Conjuração Mineira é um exemplo de como um fato histórico pode ter várias interpretações dependendo da perspectiva. Com o tempo, o nome do movimento foi alterado nos livros de história. Quem estudou até os anos 90 aprendeu que o movimento foi chamado de Inconfidência Mineira, mas hoje, é tratado como Conjuração Mineira.
No período colonial, o Brasil era uma colônia de Portugal e ‘inconfidência’ se referia à traição contra a Coroa Portuguesa. Assim, o termo Inconfidência Mineira trazia a perspectiva de que os mineiros eram traidores. Hoje, o termo ‘Conjuração’ implica uma aliança para um fim comum, mostrando uma visão mais favorável ao movimento.
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O que foi a Conjuração Mineira
A história da Conjuração Mineira conta como um grupo de pessoas se rebelou contra os impostos da Coroa Portuguesa sobre a extração de ouro, o famoso imposto da derrama. Embora Tiradentes seja o nome mais famoso, e tenha sido transformado em herói nacional após a Proclamação da República, ele não era o líder do movimento, mas sim o grande propagandista. Sua função era atrair mais pessoas à causa.
Além de Tiradentes, o grupo contava com poetas, filósofos, e membros da elite econômica de Minas Gerais. Eles não apenas protestavam contra a derrama, mas também buscavam transformar Minas Gerais em uma república independente e autossuficiente, baseando-se na prosperidade da região.
O movimento começou a ser planejado em 1788, mas foi descoberto após a delação de Joaquim Silvério dos Reis, um dos membros que buscava o perdão de suas dívidas com a Coroa. Mesmo após a delação, levaram-se dois meses para organizar prisões e julgamentos. O processo durou quase três anos, resultando em diversas punições, incluindo degredos para a África e prisões em Portugal. Tiradentes foi o único condenado à forca, sendo esquartejado e exposto para servir de exemplo.