Brasil teve três Presidentes em um mês: Café Filho, Carlos Luz e Nereu Ramos

Getúlio Vargas cometeu suicídio em 24 de agosto de 1954, e o que se fala pouco é que, logo após, houve uma crise política tão grande que o Brasil teve três presidentes em um mês. Vamos falar sobre esse período de 1954 a 1956 neste episódio.

Você provavelmente já ouviu que Juscelino Kubitschek enfrentou uma grande resistência para assumir a presidência após ser eleito. Essa crise, no entanto, começou ainda na época de Getúlio Vargas e continuou por todo o processo de sucessão. Em novembro de 1955, a cadeira presidencial parecia estar ‘pegando fogo’. Entre os dias 7 e 12 de novembro, o Brasil teve três presidentes diferentes.

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Os Presidentes

O primeiro dos três Presidentes em um mês foi Café Filho, vice de Getúlio, que assumiu após sua morte. Porém, ele não estava preparado para o cargo e basicamente não fez nada durante o pouco mais de um ano em que esteve na presidência. Ele enfrentou forte pressão de uma ala militar que já queria dar um golpe naquele ano. Em meio a essa pressão, ele se licenciou alegando problemas de saúde.

Em 8 de novembro, o Brasil se encontrava com o presidente morto, um vice licenciado e, por isso, quem assumiu foi Carlos Luz, presidente da Câmara dos Deputados. Carlos Luz entrou para a história como o presidente que ficou menos tempo no cargo: apenas três dias, e ninguém que chegou próximo desse recorde até hoje.

A razão para sua saída rápida foi a eleição de JK. Carlos Luz começou a levantar a possibilidade de que Juscelino não assumiria, de que o exército não permitiria e que daria um golpe para impedir sua posse. Nesse contexto, o ministro da Guerra, General Lott, agiu rapidamente para garantir que JK assumisse a presidência, executando o que ficou conhecido como o ‘Movimento de 11 de Novembro’, removendo Carlos Luz do poder.

Então, em 12 de novembro de 1955, o Brasil estava com um presidente morto, um vice licenciado e o presidente da Câmara afastado. Quem assumiu foi Nereu Ramos, presidente do Senado, que permaneceu no cargo até 31 de janeiro de 1956, quando Juscelino Kubitschek finalmente assumiu a presidência.

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