Confira agora um resumo da Guerra na Síria. Saiba quais são as forças envolvidas no conflito.
A Guerra na Síria teve início em 2011, em decorrência da Primavera Árabe. Na ocasião, a população de diversos países árabes se manifestaram exigindo democracia e melhores condições de vida. Aconteceu na Tunísia, Líbia, Egito e chegou na Síria.
No entanto, a resposta do Governo comandado por Assad foi violenta. Isso motivou mais manifestações por diferentes partes do país e levou a uma revolta armada.
O que antes era apenas demanda por democracia e liberdade, logo passou a ser agregado também a grupos extremistas islâmicos, ligados à Al-Qaeda e ao Estado Islâmico.
Do outro lado, está Assad que assumiu o poder em 2000 em uma eleição sem oposição após a morte do pai.
As forças envolvidas na Guerra na Síria
Assad é apoiado por Rússia, Irã, Hezbollah e milícias xiitas do Iraque. Enquanto os chamados “rebeldes” contam com dezenas de grupos. O Exército Livre Sírio tem apoio de Turquia e Estados Unidos, o Exército da Conquista era uma filial da AL Qaeda, apoiado por Arábia Saudita e Qatar e ainda tem um grupo do Estado Islâmico. Neste meio ainda tem os Kurdos, que tem uma posição ambígua, combatendo agentes da Turquia.
O conflito ganhou proporções ainda maiores depois de 2014, quando os Estados Unidos também começaram a bombardear o país. Já a Rússia passou a investir armas e dinheiro no Governo sírio.
Este financiamento dos dois lados faz com que a Guerra nunca tenha fim, embora tenha diminuído a intensidade por alguns anos. Porém, agora em 2024, aconteceu o ataque feito por militantes do grupo islâmico HTS, que já foi aliado da Al Qaeda e do Estado Islâmico.
O grupo viu a possibilidade devido aos ataques de Israel contra o Hezbollah e as ameaças ao Irâ, dois aliados locais de Assad. Com os dois e a Rússia ocupados com outros conflitos, eles aproveitaram a oportunidade para desestabilizar o governo sírio e conseguiu tomar cidades importantes, forçando a saída de Assad do país.
Em dez anos, o resumo da Guerra na Síria aponta que o conflito já matou mais de 507 mil pessoas. Destruiu a infraestrutura do país e colocou a maioria da população na miséria. As influências estrangeiras também fomentou o sectarismo, com atrocidades de grupos religiosos contra outros.